negro que banza
na beira da mata,
que beiça o cachimbo de barro
café e catarro de fumo de bolso,
que sorri das verdades do mundo
e amansa essas moças tão brancas
tão secas de saudade nos olhos profundos
quanta noite sem sono
quanta filha profana
distante do encontro consigo,
fogem de casa namoradeira
perdidas na brasa
retornam de escarradeira
negro que banza
e que beiça o cachimbo
sua negra também foi embora
sorria comigo
se o amor é mesmo tristeza no fim
língua e mística
Há 12 anos