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2.5.05

salve os mais velhos

negro que banza
na beira da mata,

que beiça o cachimbo de barro
café e catarro de fumo de bolso,

que sorri das verdades do mundo
e amansa essas moças tão brancas
tão secas de saudade nos olhos profundos

quanta noite sem sono
quanta filha profana
distante do encontro consigo,

fogem de casa namoradeira
perdidas na brasa
retornam de escarradeira

negro que banza
e que beiça o cachimbo
sua negra também foi embora
sorria comigo
se o amor é mesmo tristeza no fim

sem título

E se fôra kaiser
outrora
ou césar
califa ou czar

agora erra no deserto
enquanto espera a hora
de voltar-se à meca

ou subir nas colinas
do Lácio e dos lábios
de sua bisavó pagã
ouvir de novo como se reza