Quando crescer quero virar oceano. De azul imenso e sem beirada. Tanto quanto verde, espelho d água do céu.
Oceano sem ninguém, só de bicho, mato de seiva, sereia. De minha mãe Senhora d água.
Senão o mar espanca. Mar virado que arrasta depois do fundo, beijo de areia seca na boca, água que arde. Não adianta chamar da praia que não volta.
Ilha também não pode ter. Oceano sem nome também. Só de maré, de todas as luas, mar de ninguém senão revira. Só de Senhora.
língua e mística
Há 12 anos
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