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26.3.06

carta cigana

Kaliyuga em transição civilizatória

Da estrada santa

Guido o Velho, cigano que guarda meus caminhos em nossa sanga, que eu seja digno de sua presença em minha coroa, e juntos possamos honrar nosso povo cigano ancestral...

Guido o Velho, cigano de beira de estrada, cigano de beira de rio, cigano de beirada de precipício, da escola da vida de muitas encarnações, cigano bem vindo de muitos lares, de muitas mulheres e poucos amores, com a alma repleta de chão, sabedor das línguas e seus sotaques, da arte do punhal e seus dois lados, dos desafios da palavra e seus dois mil lados, conhece o caminho de volta, atravessou o labirinto, velho caminhante de olhos escuros e uma pequena noite no olhar, do conclave dos sacis, parceiro dos cegos violeiros e do povo da encruza, o canto é eterno, o cantador apenas seu servo...
Guido o Velho, celebramos nosso Deus na floresta onde encontro em silêncio as leis internas da consciência, celebramos nosso Deus tornando sagrada a palavra pela poesia...
E entre outros de seu povo chamam-lhe o velho do oráculo, e lhe estendem a mão, e mesmo velho mesmo as mais belas entre elas lhe estendem as mãos...
E as cartas ciganas nos oferecem a oportunidade de cumprir um de nossos deveres prescritos, qual seja o de ser a expressão fluente da diversidade divina através de suas leis eternas...

Louvado seja nosso Deus por todos os seus nomes povos e aldeias
E Deus tenha misericórdia deste velho aprendiz.

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